
Há um lugar onde as chuvas são eternas
Um sitio onde floresce a maravilha
Onde a bruma é manto esquecido de um deus
Que abandonou à muito a ilha
Uma solitária flor emerge no barro
Os sonhos são jardim onde sorriem as almas
Uma vaga repousa no negro basalto
A espuma cintila em mil chamas
Cais de saudade constante
Sou barco ancorado entre o celeste e o sal
Golfinho saltimbanco cruzando marés
Anjo caído ao golpe do mal
Viajante na fronteira da sombra
Palhaço que lava o rosto à beira de uma lagoa
Violoncelo de cordas partidas
Um querer querendo, em coração que voa
Ungi meu corpo com orvalho da manhã
Lembrei uma reza à muito esquecida
Reacendi a chama desta incontida paixão
Lancei o abraço ao correr da vida
Que vida…
Que aventura tão plena de emoções
Que vertiginosa viagem ao infinito
Onde a loucura se veste de contradições
E paro este relógio, quero parar o tempo
Fecho os olhos e faço o caminho das buscas
Talhei na lava os meus mais profundos anseios
E ergui um castelo de…Pedras brancas…