Na metamorfose do tempo
Bebi água da lua
Juntei pedaços do espelho da memória
Dancei uma valsa deslumbrante
Chorei um perdido amor de uma triste história
Fiz alquimia com o poder da água
E na ortografia do olhar
Senti vontade de te amar
Com o sol entre os joelhos
Toquei a tua silhueta entre as rosas do silêncio
Levantei a água dos teus cabelos
Sussurrei palavras de emoção
Ao teu coração...
Corri perdido pela ilha a fora
Sem querer ir me embora
Talvez eu seja o verbo que evoca o amor mais raro
Ou apenas um palhaço que chora
Coroei-me com uma coroa de sementes mortas
De mãos postas rezei tomado pelo cansaço
Não chores mais
Ri, ri...palhaço
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