
A simplicidade da chuva
Uma folha de papel que rejeita a letra
Uma mão que teme o afago
Uma palavra solta que em minha alma entra
Tão calmamente corre esta viagem
A terra anda devido ao amor
O que é isso de amar com amor?
O que é isso de o perder sem dor?
O que é isso de acreditar
Às vezes Deus carrega ao colo um justo
Às vezes uma reza acende o Sol a meio da noite
Às vezes duvido acreditando a custo
Abracei o mundo este natal
Lembrei passados desvanecidos
Senti aromas que pensei perdidos
Senti que a vida me infligiu mil castigos
Senti que a solidão era a porta para a razão
Que era uma criatura sem grande importância
Senti que ainda não tinha traçado todos os rumos
Que não há longe perto da distância
Tenho no celeste uma estrela como minha
No contar das vagas formulo sempre um desejo
Acredito em tanta coisa estranha para outros
Sabem lá o que sinto toco e vejo
E falo sem que queira a palavra como resposta
E voo nas maravilhas que minha alma cria
E vivo na magia que me foi oferecida
Choro quanto pinto com as cores da alegria
Que Mundo este onde me colocaste Deus
Que vertigem esta procura apaixonante e sem descanso
Sei que as estrelas são teus luzeiros e olhos
E a minha estrada este…Mar Manso…