sábado, 6 de julho de 2013
UM NOME DE MULHER
Evoco aqui o silêncio dos desejos
A sombra fria dos teus passos
A frieza das manhãs de Inverno do teu olhar
A loucura sem sentido a passar
Ardência das minha saudades
A tangencia da melancolia atirada ao mar
Janelas fechadas da madrugada
Com pétalas murchas de silêncio no chegar
Os sons de uma guitarra têm a cor do Mundo
O choro de uma criança o incomensurável da dor
Esta distância crescente de agonia
Este lume morto de fim de dia
Das pedras a voz solta de fecunda mulher
Uma figueira sonhando parir flores
Vi animais tristes passando num rumo incerto
Vi o amor e dor dormirem tão perto
E vi um idiota armado em esperto
Uma mulher sem rosto dizer mal da puta da vida
A terra desventrada sedenta de chuva
E um poeta asneirar por ter bebido sumo de uva
E vi uma Mãe de gestos felizes
Um Pai sem paciência para os petizes
Vi fome te ternura e mentira num olhar
E tenho tentado saber como me fizeram aqui chegar
Sei lá se vejo ou invento o ver
Já inventei o amor ter
Já amei se calhar mesmo sem saber
Já muita vez uma lágrima tive que conter
Já remexi nos bolsos de um espantalho
Procurei uma moeda da felicidade qualquer
Encontrei três pedras
Uma delas tinha gravado…O nome de Mulher…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
Para leer una y otra vez amigo.... Un grito a la oscuridad del mundo, a lo incomprensible, a lo que nos provoca ira saber que existe, y que por momentos también nos toca sufrir.
Una triste realidad en un grandioso poema.
Un abrazo.
Bellissimo post!
Immagine stupenda accompagna parole profonde!
Buona domenica da Beatris
Belíssimo, este nome de mulher!
bjs
Belíssimo este "nome de mulher"... dicotomia em movimento onde o bem e o mal se tocam quase sem saber, a luz e as sombras, o sonho e a realidade...
beijo
Lindo poema!
A excelência, continua a reinar aqui.
Beijinhos e saudades de por aqui pass(e)ar :)
mariam
Lindíssimo!
Para ler e reler.
bjs
Quanta coisa não inventamos ós Profeta...
Lindo como sempre
Abracit
DOL
Enviar um comentário