
Nem um amigo, nem uma palavra verdadeira
Pousaram na minha mesa
Tive um sonho longo e vazio em que se desfez teu rosto
Sou uma bÓia num poço de silêncio
Inventei uma cidade
Uma mulher séria que me amasse
Inventei um ser verdadeiro, um presente
Nasceu das pedras uma serpente
Inventei o amor num coração vazio
Inventei uma deusa sem trindade
Inventei uma forma de dar calor ao gelo
Inventei asas para a saudade
Inventei-te...!
Desejei um desejo com sangue nos lábios
Há quem me largue socos quando apenas quero abraçar
Há que tenha inventado a parte mais negra do amar
Há quem respire com raiva
Tal como um Arauto que passa e morre
Sabes!? É no estio que o coração prende as palavras
É neste teu longo Inverno que se avizinha que eclodirão mágoas
Que se enganem os que pensam
Que este poema é para alguém
É apenas o vómito de uma estupidez
Que encontrei numa pessoa...outra vez
E que se enganem os que pensam
Que não estou alegre e feliz
A esses “Vão para a puta que os pariu”
Vou estrear mais uma peça, é o que faço, fiz
Não me desejem sorte
Também não esperava isso de vós
Sabem quando escrevi bêbado estava
Saiu uma comédia que tem...AMARGO AMOR SEM RAIVA...
5 comentários:
A maturidade e transparência de seu poema mostra o que a vida nos prepara... "asas para a liberdade"... e o resto? oras, que vá a pqp realmente! Aplaudo-o!
Abraço.
Maravilha de poema!! Nossos enganos... quantos enganos...
Inventamos amores nessa louca procura de um amor ideal.
Adorei teus versos,me vi neles.
Abraços
Sempre estar por aqui é sorver-te lentamente..
perfeição!
beijo
Com esta... chorei!
:_(
Com esta... chorei!
:_(
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