
No afago das vagas dorme a ilha
No final de todos os caminhos existe a paz
Sem bússolas, sem mapas, sem rumo
Este Sol imenso que ilumina meu destino
A estrada do céu é infinita
Folheando livros esquecidos encontrarão a minha história
Serão palavras dispersas num céu sem luz?
Serão beleza, exaltação, feliz memória...
Serão o que for
Neste anseio louco de tocar as estrelas
Neste coração a pulsar ao ritmo das vagas
Na grandeza silenciosa e contemplativa não guardo mágoas
Para alguns
Os sentimentos vão e vêm como nuvens
Às vezes são a crista negra de um penedo
Às vezes imensos, às vezes metem medo
Nos sonhos não podemos falhar
Sem querer, já magoei pessoas
A minha vida nunca será reflexo de outra
Mas, são tão falsas as pessoas, todas
Às vezes amar não é um sentimento, é um dever
Às vezes uma fatalidade
Às vezes damos por nós acreditar que é possível
Às vezes pensamos ser verdade
Há uma prometida viagem ao meu espírito
Aprisionei os ponteiros de um relógio
Nesta sensação de ser diferente um sentimento partiu
Olhei a vida, o tempo sorriu
Brilha neste ser a pureza de primaveril aurora
Meu Deus ensina-me a procurar “TE”
Quero manter o meu nome, ser concreto
O amor que nos ama é tão incerto
Talvez volte a esta terra numa tarde tranquila de gaivotas
Tenho sede de morrer para este destino
Nestes dias para além de uma esquecida Primavera
Deixem-me na paz, este tonto, como dizia minha Mãe, este menino
No resplendor dos dias aquecerei meus olhos
Porque esta alma continua, não para
Toco de leve esta mesa onde celebram o TEU sacrifício
Beijo esta...PEDRA ARA...
2 comentários:
Olá Profeta... faz muito tempo que não te visitava, anos talvez... desde que fechei o meu @lgodão doce.
Amei reler-te... intenso como sempre.
Beijo
Mãe e menino, amor incerto... Sede de morrer, infinito e céu. Me lembrou esse aqui do Manoel de Barros:
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.
Enviar um comentário