sexta-feira, 11 de julho de 2014
ENIGMA
A sombra aprisiona um lamento
Quantos heróis vejo em refrega tonta
A noite sempre se aproximando
Toda a gente sabe e esquece, pró mal, sempre pronta
Às vezes anseio o silêncio como um doce poema
Quanta escassez haverá em certas vidas
Procuro todas as manhãs uma perdida ilha
Já fugiu a Lua, já tremi, já vi almas perdidas
Saberás, que há muito mais porque morrer
Que o amor é uma planta sem cor
Para que floresça, vingue e cresça
Terá que germinar, ser e pareça
Saberás que as errâncias presas à alma
Que essa tua falsa chama
Essa serpenteada forma de no ontem sem amanhã
É veneno, é loucura, é mordida de maçã
Pois...
Agora lembrei-me de Eva
E não era alemã a nua senhora, creio
Há sempre uma traição e um homem no meio
Qual nada, rapaz
Falar destas tretas?! Isso não se faz
As mulheres são todas castas e puras (...)
Lágrimas, injustiças, coitadas, roupas molhadas, umas ternuras
Estou emocionado!
Todo a tremer, sem me poder conter
Vou de romaria e pé descalço, pão e água
Penitência, nada de rir, fecha os olhos, pra não ver
Isto é tudo brincadeira
Tenho um grande respeito pelas mulheres, mesmo Mulheres
Há as outras, porque também há frio e chuvas
E há os cãezinhos e os amores das cadelas puras
Quem vem lá!?
De espada e escudo de lata
Cá está o dom quixote de lá mancha de tanga
Não diz coisa com coisa o pateta
Onde para a minha Dulcineia?
Nasci nesta desgraça, um estigma
Este é o mais parvo poema que escrevi
E vejam, até o chamei de...ENIGMA...
ESTE POEMA É UM EXERTO DE UMA NOVA PEÇA EM PRODUÇÃO
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2 comentários:
Foi vc que disse que o pateta não diz coisa com coisa. rs.
Convenhamos, concordo...Mas gostei disso.
Até nas linhas aparentemente distraídas mostras a vida...
Um enigma sempre.
Beijos
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