segunda-feira, 11 de agosto de 2014
PRANTO
Manhã submersa de neblinas
A noite teceu seu manto
A água em sua eterna viagem
Cobriu a ilha de pranto
Parti da ilha numa manhã de luz fria
Com um pálido sorriso
Levando na bagagem a nostalgia
No coração a revolta
Nos olhos um ar submisso
A lonjura desenha uma cruel ironia
Cobre o sentimento no vale da distância
Deixou gravada no barro negro
A tua doce lembrança
Quantas luas passaram sobre a tua cabeça
Quantos rebentos de verde no barro nasceram
Quantas palavras ficaram presas à alma
Quantas dores do meu peito irromperam
Será assim na quarta feira
Pela minha palavra algumas centenas de almas subirão
A um cruzeiro no alto de uma falésia de pedra
No alto dirão algo que escrevi, uma oração
Cantores e atores desta terra
Gente que vive sem presunção e espera
Gente que arranca à terra o vinho e o pão
Gente que ora em santa guerra
Sei que a emoção será imensa
Que verei nos olhos das pessoas o espanto
E uma música feita por mim marcará esta peça
Lavrei-a com alma e tem como nome...pranto...
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2 comentários:
Escribes tan bello amigo. me invade la emoción.... Un abrazo.
No olhar submisso às dores da alma, ainda que em prantos borrifará lágrimas de felicidade! Creia!
Abraços.
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