sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
O ESTRANHO PODER DO SILÊNCIO
Percorro esta ilha de Norte a Sul
Há tanto de intemporal nas hortências adormecidas
As marés são pronuncio do choro dos deuses
São de cartão certas mágoas perdidas
Naveguei na calmaria de um ano de esperanças
Lancei meu coração na procura de um rumo
Abracei o meu querer aos brandais
E afastei no olhar um Sol a prumo
Na viagem fui encantado por sereias
No canto doce de verde olhar
Foram sete todas as esperanças
Cinquenta e duas luas para aqui chegar
Sortilégios de um irónico deus
Alquimia fugindo ao olhar de tolos terrenos
Bravata entre Arcanjos e o mal
Eternamente no encontro entre o amor e desamor...
Mas esperem um momento
O espetáculo ainda não começou
Pancadas de Molière...
Para muitos a guerra findou
Este Arlequim de fato de cetim
Rosto pintado a preceito
Sorri...
É tão agreste ás vezes o caminho, estreito...
E o Mar, sempre o Mar
Para onde voam as Gaivotas ao fim do dia?
Para onde correm os anseios deste Poeta Tolo?
Serão as estrelas habitantes perdidas no azul sal?...nostalgia...
Que confusão Nossa Senhora da Agrela, que não há santa como ela!
Estava a pensar um poema daqueles de encantar até chorar
E vejam a coisa malparida que daqui saiu
Até o papagaio se riu
Mas deixem lá o rapaz desatinar
Passou-me ao nariz o aroma do incenso
Fiquei endrominado, e a única coisa, que aqui escapou
Foi o titulo... O ESTRANHO PODER DO SILÊNCIO
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Amo o "Silêncio"! Orienta-me e muito em minhas decisões!
Abraço.
...beijos saudosos e
silenciosos para matar
a saudade!
Vivi
O poema e o titulo são o fluir de uma alma de poeta que não encontra paz, porque a tua alma é errante como as brumas das lagoas, como as gaivotas irrequietas, é misteriosa como as profundeza desse mar azul que te rodeia. E cada palavra-lágrima é mais uma gota de orvalho caindo docemente de uma azálea, de uma hortênsia, ou, quem sabe, de um breve anjo que passou...
Belo, como todos os teus poemas.
Beijos de luar tecidos
Enviar um comentário