
Rente aos olhos a lágrima e o sorriso
Sobre o mar um barco chamado saudade
Rente ao coração a raiva afugentando o amor
Sobre as mãos um querer de plena verdade
Rente à pele a caricia despertando o desejo
Sobre as pedras a vaga batendo, espuma inocente
Um poema em branco fugindo à palavra
Uma criança olhando o amor presente
Estou cansado da incompreensão do amor
Estou cansado deste inverno de solidão
Estou cansado das pedras e dos calendários
Estou triste por não entender teu terno coração
Tenho uma profunda cicatriz da tua ausência
Há uma cidade a construir-se dentro mim
Porque os pássaros são mãos voando na sombra do desejo
Porque trago o teu nome na medula do meu corpo
Continuo a cavalgar um tempo imenso
Sem cansaço à luz potente da pedra viva
Vou contado as sombras passar no silêncio do pensamento
E adormeço sempre em ti num doce momento
Há quem conte histórias de mim de mijar a rir
Há quem teime querer que morra no partir
Há quem se vá entesando com a minha desventura
Há abra a alma e deixe sair todos os ódios a parir
Falam-me de um tempo, só sei que não morro
“Espero apenas pelo dia em do amor nasça amor”
Fala-me uma voz perdida numa concha de ti
Diz-me que ainda brotam cores, não morri
Dizem-me as mulheres que desconheço
Que há em mim um suor com cheiro a maresia
Dizem-me os homens que me odeiam
Deixa-te de vaidades, para a vida, confia
Este foi mais um poema paranoico
Falei de pássaros e seres bisonhos
Acordei e estava contigo cheio de amor
Afinal perdi-me numa... PLANÍCIE DE SONHOS...
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