
Dentro desta ilha
Não há o esquecimento
Há um Mar azul brincando
Dentro desta ilha, um só momento
No alcance do horizonte
Um caminhar firme e crente
Para além das muralhas
Deste vento sussurrante
Um acordar das mãos cansadas
A memória bifurcando as paredes de cal
Não sei se sou um delinquente da palavra
E tenho um estigma de maldade já gasta
Sinto nesta manhã
Este magnifico cheiro a sonho
Sobrevivo ao nevoeiro das manhãs eternas
Quando te vejo é como se repensasse o passo
Trezentos anos de ti no pensamento
A música forjada e quente do Sol do Mar
Embravecidos quereres perdidos
Uma baía de calmas águas, um rosto, o amar
Onde o mar às vezes despeja a sua ira
Construo castelos com areia do céu azul
Congemino um silêncio para que me oiças
E lanço a este vento morno que corre para sul
A tarde do que é tarde
Desprende-se do lugar da mão assustada
Já bebi água com sol
Já senti neste corpo de homem a luz amada
Já me esconderam do mundo
Já desconfiaram de mim
Já se riram em falsa compaixão
Já me disseram que não e sim
Pessoas...
Abandonem as armas de um chão ferido
Não faço encontros com o passado
Chega-me um abraço sem ruído
Complicado este poema
Tenho um código de maldição neste coração que arde
Já fiz um sortilégio de amor
Por pensar...NUNCA É DEMASIADO TARDE
4 comentários:
Gostei =)
A imagem que ilustra o poema é doce e linda!
É bom pensar que nunca é demasiado tarde,
isso acalenta a alma...
Bjs!
Boa noite, Profeta.
Muito bonito, intenso e profundo o teu poema, é como se fizesse várias leituras de um texto plural.
Na realidade, as pessoas são tão complicadas,nossas emoções também, fato.
Não sei se para o amor,dependendo da situação não seja tarde demais, vez em quando é, e vimos passar por nós, numa velocidade lenta seus quereres, que se desprendem de nós sem ao menos notarmos.
Tomara que um dia encontremos o amor em sua totalidade.
Tenha um fim de semana de paz.
Beijos na alma.
Complicado este poema
Tenho um código de maldição neste coração que arde
Já fiz um sortilégio de amor
Por pensar...NUNCA É DEMASIADO TARDE
BRAVO!!! Belos versos da alma poeta!
Abraços,
Efigenia Coutinho
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