sexta-feira, 8 de abril de 2016
QUANDO A ÁRVORES SE ABRAÇAM
Hoje apetece-me escrever
Sobre seres normais
Hoje resolvi cobrir o universo de cores
À espera do inadiável sem tristeza, dores
Talvez seja apenas um vagabundo solitário
Talvez um anjo triste
Talvez seja o escárnio da ilusão
Um pobre palhaço com uma lágrima no coração
Com o rosto perplexo fixando as nuvens
Desenhando pássaros do mar
Dançando com golfinhos em terra
Esperando que Deus me ensine amar
Este aroma de flor sem futuro
Esta ilha soçobrando com o mar em volta
Quando as hortências trazem lembranças solenes
De ti minha terna e doce sinfonia
Faço anos amanhã
Mais o bando de pássaros loucos do meu jardim
Faço amor em cada palavra que escrevo com paixão
Não liguem, hoje ao poeta, está mal do coração
Gostava de adormecer
Sem esperar por outros amanheceres
Estou tão cansado destes tempos loucos
Perdi-me nesta contradição de sentires
Sopram os ventos de melancolia
Já me sentei à noite num jardim
Cantando à lua prateada
Já rasguei meus versos, já riram de mim
Já choraram nas minhas palavras
Aplaudiram as minhas derrotas
Já construi a sorte em pequenos nadas
Atirei ao mar as esperanças já mortas
Já fui tanto, tão pouco
Já me chamaram poeta tonto e louco
Já morri e renasci com os anos que passam
Este homem que chora...QUANDO A ÁRVORES SE ABRAÇAM
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6 comentários:
Uauu!!! Profundo, parabéns!
Tem de fazer concordar o artigo com o substantivo:)
O poeta multiplica-se e vive a vida de todos e de ninguém.
Abraço
Olinda
Aroma com futuro é a sua poesia.
Que versos tristes...,
Intenso
Hoje chorei ao ler o teu poema profeta poeta,
Beijo
Olá:
Quando as árvores se abraçam é Primavera nos nossos corações e os anjos ficam alegres e felizes.
Feliz Primavera:))
Beijinho doce
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