sexta-feira, 17 de junho de 2016
NAS MARGENS DO SILÊNCIO
Este pássaro que habita em mim
Este morrer aos pedaços consciente
Preciso construir a noite
Preciso reencontrar o caminho, somente
A espada dobrou-se no raiar da madrugada
Senti as garras do vento prenderem-me a alma
A maldade habita em pântanos indescortináveis
Terei apenas de erguer o grito do mar para me encontrar
Esta minha carta da vida
Este homem prisioneiro do voo
45 rosas, sorrisos no teu coração
Sabes foi a Mãe do céu, foi pela sua mão
Contigo
Seguirei rumo às constelações etereas sem olhar para trás
Comigo o sacrifício é o nada a morte o ápice
Contigo o infinito é uma linha que a mão de Deus faz
Percorro este caminho intolerante
Contigo presa ao meu destino a cada instante
Na leveza da tua condição de água
Se partir não chorem por mim, não sintam pena, mágoa
Não chorem por este poeta
Farei estremecer de silêncio a luz breve
Não chorem por este homem caído
Esta alma voará de rumo perdido
Não se agradecem rosas
Hoje apeteceu-me escrever sobre pessoas
Seres normais
Hoje cruzou na minha frente o amor, senti tristeza, dor
Sentei-me num banco duro
Enjaulado como devem estar os criminosos
Nunca fiz mal a ninguém
Só sei plantar bondade no mar da saudade
Que Deus me ajude
Tenho os sonhos espalhados pelo chão
Sei que não estou só
...NAS MARGENS DO SILÊNCIO...
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3 comentários:
Lindo demais, a poesia verdadeira, sensível, que vem da alma.
Gostaria muito de ter podido compartilhá-la.
Olá:
Os sonhos espalhados pelo chão...
Beijinho doce
Os silêncios da alma...
De dentro para dentro...
Uma delicia todos estes silêncios...
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