sexta-feira, 8 de julho de 2016
OUTRA ESTRELA NÃO TENHO
Ser é existir apenas em amar-te
Em tu me amares
Ser é a esperança em cada riso
É a crença deste caminho que percorro
“O que quer que ames ama-te”
Com o teu amor
Acendeste-me a luz da alma
Vivo, amo, porque a morte é o ato de regressar
Tenho um sol inteiro
Um castelo altaneiro
A saudade do amor primeiro
Tenho tanto, nada, rosa, sal fogo
Secretamente
Entre a sombra e alma
Existes como a brisa que passa
Como a água muda de vestido em chama
Reverberante
Sais do mar com as ondas na cabeça
Vestes-te de sal e sol
Por saber de ti esta ilha vestiu-se de azul
Saberás
Quantas vezes te amei sem ver
Quantas vezes te procurei estrela por estrela
Sabes, nos sonhos sou apenas uma criança perdida
Não faças das feridas
Um edifício de dor e firmeza
Nunca serei um mar desmentido
Apenas a flor final do dia
Sabes quantos azuis celestes há nas hortênsias?
Sabes quantos segredos escondem a espuma?
Sabias que tudo o que arde num peito é estrela?
Sabias que tenho a verdade numa mão nua?
Por onde passamos
Em nós nunca se instaurou o outono
Entre tantas raízes este coração perdido
Na terra...OUTRA ESTRELA NÃO TENHO...
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4 comentários:
O último verso é bem bonito.
Letras bonitas de amor, eu gostei!
Desejo-lhe grande DOMINGO!
Beijá-lo, abraçá-lo e obrigado pela visita!
Não são precisas mais estrelas...Tens um céu pleno delas, nas noites enluaradas que em silêncio beijam as ilhas, como amante que, passem os anos que passarem, jamais esquece o amor primeiro. Não, não são precisas mais estrelas, apenas aquelas que a poesia povoada de hortenses e lava, de espuma e vento lança no ar como perfume. Um doce perfume ecoando pela vida.
Beijo doce de luar
Uma linda poesia de amor.
Obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
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