quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O DOMADOR DE BORBOLETAS


Nestas palavras
Corres pela água do mar
Arregaças alegria da vida
És gaivota com penas de voar

Perguntas:
O que é a distância do sonhar
A palavra por falar
A fonte do amar?

Vi-te crescer nas estações do crepúsculo
Vi-te não responder ao eco do teu nome
Vi-te absorta deixar cair sementes de dor
Vi-te rosa breve sem cor

Cheguei numa manhã cheirando a hortelã
Lancei sementes de esperança num primeiro olhar
Vim sem memórias, sem histórias para contar
Vim apenas sentir nos dedos o sabor do mar


Vim nu
Um sorriso veste de sol o rosto de qualquer um
Observei nos olhos de uma mulher o mundo
E senti que os sentimentos moram num azul profundo

Divagações da alma
Pobre poeta em cais de espera
Ausente do seu nome
Sem ver, os frutos da infância por colher

Tenho saudades latejantes, quentes
Este pássaro mudo pateta
Este ser que se veste de vento
Esta viagem num luar de volta completa

Não rezo aos deuses na madrugada
Do lume de mim nunca se aparta a alegria
Já dancei só entre as ruínas
Já adormeci num manto de nostalgia

Já amei, tive raiva, odiei
Já fiz desenhos de sonhos no mar
Já andei de mão dada com a loucura
Já amei gente de alma tão dura

Nasci nesta ilha onde se voa no olhar
Já dei nesta vida 7 voltas completas
Já tive mil ofícios absurdos
Até já fui...Domador de Borboletas...

2 comentários:

luar perdido disse...

As borboletas não se domam, são breves como suspiros de anjos; Tão breves que se esvaem nas nas gotas de orvalho. As borboletas são soluços de fadas, são aragem do mar. Não tentes domar as borboletas..... Não as queiras matar...

MEU DOCE AMOR disse...

Domador de borboletas:))))bonito!