segunda-feira, 6 de novembro de 2017

NO MEU PALCO


Mil guerreiros correm pelo mar infinito
Um milhafre solta Um grito de vitória
Perseguindo os brilho das armas ao amanhecer
Despedaçam nuvens com sonhos de fogo
Plantam na vida felizes memórias
Estive contigo quando o amor morreu
Cheguei ao mundo quando o encanto amanheceu
Estive no mar quando o mar amansou
Estive na partida quando a incompreensão chegou
Mas diz-me coisas sobre as magnólias
Fala-me do voo eterno da gaivota
Vem sem me perguntares pelo amanhã
Atira ao mar qualquer esperança já morta
Escreve a cor vibrante á tua porta
“Vem ou deixa-me morrer com a tua lembrança”
Vem docemente como papagaio colorido de papel
Com a lucidez dos espelhos e água inquieta dos ribeiros
Menina...
Cobre-te de névoas e flores
Pinta o teu rosto de carmesim
Sente as pancadas de Molière
Descalça os pés e atira as palavras mais alto
Vem habitar...No meu palco...



2 comentários:

luar perdido disse...

Felizes os pézinhos que entram, descalços, no teu palco, Poeta!
São pés de anjo, sem mácula nem raiva. São pés puros de menina que ainda não conhece os espinhos que as mais belas rosas podem esconder.

Que todos os meninos possam conhecer o sonho que se desdobra num palco, que todos possam provar o "frio na barriga" do abrir da cortina, e o estremecer, a um tempo bom e aflito, das pancadas de Molière. Que todos possam sentir o poder das tintas, dos adereços e da luz; essa magnifica luz que abre o mundo encantado de uma vida...

Felizes os que te passam pelas mãos e descobrem como se veste e despe a pele de uma personagem.

"Descalça os pés e atira as palavras mais alto
Vem habitar...No meu palco..." - SIM! Eu vou...

Beijo de luar

Mariah disse...

ficou maravilhosa sua postagem, linda poesia, profunda e serena,estou voltando a blogar se você quiser e puder me segue de volta, abraço