
Dormi tranquilamente sobre o vento
A minha alma tece o fio branco e negro
Senti solto o machado em árvore do mal
Repugnantes são as palavras que nos conduzem ao degredo
Hoje por hoje, minha alma é campo de batalha
Partilho todas as noites a serenidade de um sorriso
Bebi de uma taça que me queimou a alma
Apaguei um antigo fogo de esmorecida chama
Agitam-se as águas do tempo
Caminho para o rumo de uma felicidade azul
Vendi os sonhos, aprisionei as minhas mãos, com fragor
Para não mais acarinhar gente que mata o amor
Vi uma alma nua de luz parda
A loucura tomar conta das virtudes de uma boa pessoa
Vi canalha vestida de monstruosas intenções
Deram-me um pão de farinha boa
Hoje tive vontade de escrever
Suspirar palavras e lança-las ao vento
Hoje tive vontade de partir
De ir, de não mais querer vir
Mas estou alegre
Feliz como alguém que para casa volta
Não quero mais quem diz ser eu uma porcaria
Há para aí gente viva que perece árvore morta
Este é chamado um texto sem graça nem contexto
Só alcança isto quem for gente burra
Há os anormais armados em espertalhões aos magotes
E há gente discreta de alma pura
E há os laços de cetim branco
E vidas que tiveram um alto custo
Há também laços feitos por gente indecente
E há este homem que não é…Nem Santo, Nem justo…