domingo, 30 de junho de 2013

VIDAS INDECISAS


Manhã de cinzenta neblina
O Sol adormeceu na noite
Este dia corre em agonia
Este desencanto, esta nostalgia

É tão triste combater o destino
É tão insensato amarrar o coração
É tão cruel atirar fora a ternura
É tão estupido viver na sombra da solidão

Pessoas…!
Apenas pessoas de cabeça perdida na dúvida
Tenho pena de muito poucas vezes gostar
Aflige-me o amor, sentir amar

Pessoas…!
Vestidas de infinita crueldade
Tenho um sentido, uma rua nesta vida
Tenho arroxada no peito uma saudade

Pessoas…!
Ingreme enseada de duras palavras
Orgulho sem fulgor cego, solitário
Ribeiro furioso correndo ao contrário

Poeta…!?
Não sejas tonto, pateta
As pessoas são isso, são assim
Algumas confundem o começo com o fim

Por isso é tão triste combater o destino
Tão triste voar sem rumo ou encontro
Deixar de sentir a força suave de cada maré
Ser árvore, morrer de pé

Mas sou feliz…!
Porque dentro de mim há uma razão abrasadora
Há uma inquestionável verdade nua e resplandecente
Há uma esperança viva, não quero que morra

E há tu, e tu, e tu e tu…nada!
Gaivotas, pedras, ilhas perdidas
E há um Mundo que criei para plantar verdades
E há tristeza tanta…Vidas Indecisas…

5 comentários:

Fá menor disse...

Bom domingo!

rosa-branca disse...

Maravilhoso meu amigo. Impossível combater o destino...vidas indecisas mesmo...beijos com carinho

rosa-branca disse...

Maravilhoso meu amigo. Impossível combater o destino...vidas indecisas mesmo...beijos com carinho

P. P. disse...

E assim são, na generalidade, as pessoas!

Anónimo disse...

Gostei do tu, tu, tu...(nada)
Acabei por rir.
Estava à espera de outro desfecho...
É agradável quando me surpreendem. É tudo já tão previsível, parece que vejo o futuro à minha frente, sem possibilidade de o alterar.
Gosto quando alteram as regras, dá-me espaço à imaginação.

Eduardo Leblanc