domingo, 16 de agosto de 2015

O PODER DO AMOR


Já vi mulheres rezando
Enquanto tributava a vida
Já vi arautos lerem o meu destino
Já fui descrente, gente, homem, menino

Por lavrar está um corpo envolto em seda
Por rasgar uma brancura propositada
Por sentir que és única e una com a minha alma
Serei apenas a ternura da voz calada

Parado na imensidão das horas
Espero uma palavra tua na construção do silêncio
Não habito um palácio ou oceano por desvendar
Só espero saber onde a felicidade irreconhecível possa morar

Gostava de erigir um lugar para a concórdia
Pintemos depressa montanhas fora do alcance dos fantasmas
Como grãos de poeira enterrados no esquecimento
Como o teu sorriso tatuado em doce momento

Comungando a veracidade da do vento norte
Há gente como eu que brota acima das pragas
É bom que se saiba que lancei as dores à sorte
E rezei a Cristo na tristeza de sete chagas

Conheço caminhos brilhantes
Vivi o imenso de felizes instantes
Contigo...
Serei milhafre ou timoneiro em rota de navegantes

Não se pode vomitar um vazio indiscritível
Tu, não estás apenas na minha alma
Habitas meu corpo todo
Roubaste a luz da minha chama

Cubro-me vacilante de medos
Perdi-te todos os dias do desencontro
E porque sou pássaro, voo e o meu corpo é terra
E há que diga que sou monstro, outros anjo em santa guerra

Deixem para lá!
Este poeta apenas quer partir da verdade sem dor
Encontrar-te em espera sincera
Porque acredita no...Poder do Amor...

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