
Para e vai ver o mar
Na sensatez do prudente silêncio
Ouve o rumor das via jeiras ondas
Secretamente em segredo
Sou uma silhueta nas sombras
Num mundo sem noite
Imagina-me tentando impossíveis
Para transformar o amor
Tão imutável como o mar
Concede-me a tua glória
Nasce nos meus olhos ceifados
Nasci com os braços do tamanho suficiente
Para te abraçar
É no estio que o coração bate certo
Nesta ilha do tudo tão perto
Tão longe...
Como um barco que foge á vista
Como os pássaros voando na noite profunda
Contemos ao mundo
Levemos em conta todas as distâncias
Choramos porque sabemos
O regresso possível
Sabemos que todas as manhãs os pássaros o canto entoam
Sabemos que o caminho sem sempre tem o mapa do destino
E que...NEM TODOS OS ANJOS VOAM...