terça-feira, 7 de abril de 2015

PARA LÁ DA PEQUINÊS...


Sonho que sou um cavaleiro andante
Por Mares e noite escura
Paladino do amor, força anelante
Mas, não tenho Palácio da aventura

Talvez nem seja tão louco como Antero
Ou serei?!
Talvez saiba mais dos caminhos da vida
Talvez também me zangue com Deus de quando em vez

Serei algo ou alguém que não admite o insulto
Esta pedra rolada também tem alma
Serei Deus também porque faço parte Dele
E sei que é assim por ser tão intensa esta chama

Pedi aos Arquétipos me iluminassem o coração
Pedi a S. Miguel, Gabriel e Ariel o sorriso dos Anjos
Pedi ao Universo uma estrela como minha
Pedi em sorte uma boa nova que se avizinha

Deixem lá estar as preces deste poeta rezador
Sabem? Há estúpidos que vomitam o amor
Deixem lá estar este escriba de poesias endrominadas
Sabem?! Há sempre veneno nas bocas das mal amadas

E há Milhafres vestidos de carmesim
Há uma esplêndida manhã que espera por mim
E contudo a descrença é licor amargo e triste
Há uma gloriosa história sem ter fim

Comédia de enganos
Filme a preto e branco, fotograma verdade, fotograma mentira
Nesta fita ninguém morre
Neste mar revolto não há quem te acode

Relógio que perdeu o sentido
Ausente das horas, descompassado sentir
São eternamente sete horas e sete esperas
Alma confusa de tontas quimeras

Foi confuso este poema da treta
Foi escrito em português e não genovês
E porque a loucura ás vezes se serve em boca impura e suja
Num fosso... PARA LÁ DA PEQUINÊS...

1 comentário:

luar perdido disse...

Se existe algo que não se coaduna com este poema é a "pequinês". Nada na tua escrita é pequeno, mesquinho ou pode ser menosprezado. Tu tens as asas dos milhafres e das gaivotas na escrita. Tens a força e a beleza da lava negra e a doçura e o encanto das flores e das cores das ilhas em tudo o que nos dás.
Para lá da pequinês...Estás tu e a tua poesia, querido Poeta, muito mesmo muito para lá da pequinês!!
Beijo de intenso luar