quarta-feira, 1 de julho de 2015

ESCOLHAM UM SONHO, UM QUALQUER


Esqueçam os nomes das coisas
Oiçam o murmúrio surdo das árvores
Esqueçam a sorte no mar brincando
Na consciência do amanhecer das aves

E cresço como quem devora as coisas
Esta criança nunca soube conter o sorrir
Já vasculhei a sombra da dor no amor
Já plantei saudades e vi a ternura eclodir

Gosto do sabor dos lençóis lavados
Do aroma da claridade da Lua
Gosto de pensar que consigo um dia voar
De ter a certeza do teu amar

E digo verdades mentido
Digo e recolho a palavra amarga
Tinjo de som palavras que não sei dizer
Semeio sentires, brotam plantas de olhos sem ver

Às vezes é quente o silêncio
Corpo sem voz e rosto
Pensamentos correndo descalços
Na lembrança dos teus abraços

Cobres-me com olhares vacilantes
Deitado em mim sonhei com o vale de todos os medos
Às vezes sou pássaro e vejo a terra passar velozmente
Na oração partilho com a Deusa Mãe mil segredos

E como se uma pedra nascesse aos meus olhos
Como se me perdesse num longo sonho
Como se fosse mendigo entre as margens de um destino sem presentes
Como se herói fosse agarrando um punhado de continentes

Pois mesmo assim
Dormirei com um bando de anjos transparentes
E farei a magia que meu coração aprouver
E se quiseram habitar nele...ESCOLHAM UM SONHO, UM QUALQUER

5 comentários:

Célia disse...

Escolher um sonho... Acalentá-lo... fazer acontecer! Solução para amenizar alma e coração.
Abraço.

António Je. Batalha disse...

Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens
é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
Eu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita
Ficarei radiante,mas se desejar seguir, saiba que sempre retribuo seguido
também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
Sou António Batalha.

MEU DOCE AMOR disse...

Olá:

Vim ler.Como sempre tudo belo.

Escolho um sonho? Já nem sei.Acho que são os sonhos que me escolhem.

Beijinho doce

Rita Freitas disse...

Já escolhi um sonho: "Esqueçam os nomes das coisas; Oiçam o murmúrio surdo das árvores; Esqueçam a sorte no mar brincando; Na consciência do amanhecer das aves" :)

Muito bom

bjs

Odete Ferreira disse...

Há muito tempo que não vinha ao teu blogue (o tempo, esse malvado...).
Gosto sempre de te ler.
:)