quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

POEMA PARA UM SILÊNCIO


A verdade
Causa uma impressão verdadeira
O duradouro na nossa alma
O tocar do coração a vez primeira

Um par de pérolas
Um poema para os que compreendem
Um silêncio vindo de dentro
Um dezembro de tristeza servido

Não tenho muito lugar
Quedo-me no murmúrio surdo da ilha
No esquecimento do mar brincado
Numa lágrima de dor e alegria

É bom que se saiba
Vencida está a ferida
Tenho no coração escrito de forma inalterável
“Amo-te” Amo nas ondas que flutuam na tua cabeça, vida

Hoje
Ainda a noite tomava de assalto o dia
Soltei um mudo grito
Meu Deus, que caminhada, que loucura

Apenas com amor guardo estes soluços
Ninguém sabe e todos lembram
Que mereço a morte
Meu Deus, que caminho de eriçados espinhos, que sorte

Não se pode pintar um vazio indescritível
Este silêncio que incomoda, morde
Um punho preso à garganta
Tanta dor, tanta

Tanta incompreensão
A maldade à solta
As hortência adormecidas
Este poeta de perdidas vidas

As mãos do pintor
Compondo a solidão
Um abraço lembrado
Este...POEMA PARA UM SILÊNCIO

6 comentários:

Nany C. disse...

"...Não se pode pintar um vazio indescritível
Este silêncio que incomoda, morde
Um punho preso à garganta
Tanta dor, tanta..."


Beijos em teu coração, Profeta.

{Λїtą}_ŞT disse...

Lindo! Como todos o são...

http://odiariodaescrava.blogspot.com.br/

ONG ALERTA disse...

Muito belo, abraço Lisette.

Graça Pires disse...

"Poema para um silêncio". Diz tudo...
Abraço.

Anónimo disse...

Vou então conservá-lo (o silêncio) e apenas citar "Não se pode pintar um vazio indescritível"...
Perfeito!

Catarina Vitória disse...

O silêncio para além de incomodar (e morder), dói e corrói!

Beijinho na tua alma

http://naluzdanoite.blogspot.pt/