
Sabes... quando se está muito, muito triste
É bom ver o por do Sol com mil prazeres
Sabes...num planeta pequenino basta subires uma cadeira
Verás quantos crepúsculos quiseres
Já vi um Rei vestido de púrpura e arminho
Já vi uma gaivota mirar-se num espelho de água
Já vi uma mulher dar o peito ao marido faminto
Um golfinho fazer nas ondas um ninho
Já pintei ovelhas brancas
Anjos tristes aprisionados á bondade
Pintei um sorriso de olhos de sol
Já amei mentindo, construindo a verdade
Será que as estrelas obedecem a um Rei?
Que as sereias cantam o feitiço
Será que o teu coração bate terno por mim
Ou o teu amor perdeu-se num fim?
Cá estou eu bifurcando a alma
Numa barca navegando no olho da cidade
Quero fechar este livro antigo de culpas
Quero repetir-te mil vezes uma verdade
Amo-te...!
Recordando o tempo de menino
No esquecimento do mar brincando
Nas escadas de um ancoradouro
Para te encontrar
Caminho no alcance do horizonte
Para além das suas muralhas te ver
Sabes...somos a consciência do amanhecer
Já nos rimos na madrugada extensa
O choro é uma certeza, não rasga horizontes
Como se o mundo não soubesse de tudo, de nós
Desmontando a misterioso fia de mil afastamentos
Nunca serei um guerreiro vencido pela maresia
Contigo no coração nunca estarei sozinho
Saber do teu amor
Faz-me sentir...Um Principezinho...