quarta-feira, 2 de setembro de 2015

NUNCA É DEMASIADO TARDE


Dentro desta ilha
Não há o esquecimento
Há um Mar azul brincando
Dentro desta ilha, um só momento

No alcance do horizonte
Um caminhar firme e crente
Para além das muralhas
Deste vento sussurrante

Um acordar das mãos cansadas
A memória bifurcando as paredes de cal
Não sei se sou um delinquente da palavra
E tenho um estigma de maldade já gasta

Sinto nesta manhã
Este magnifico cheiro a sonho
Sobrevivo ao nevoeiro das manhãs eternas
Quando te vejo é como se repensasse o passo

Trezentos anos de ti no pensamento
A música forjada e quente do Sol do Mar
Embravecidos quereres perdidos
Uma baía de calmas águas, um rosto, o amar

Onde o mar às vezes despeja a sua ira
Construo castelos com areia do céu azul
Congemino um silêncio para que me oiças
E lanço a este vento morno que corre para sul

A tarde do que é tarde
Desprende-se do lugar da mão assustada
Já bebi água com sol
Já senti neste corpo de homem a luz amada

Já me esconderam do mundo
Já desconfiaram de mim
Já se riram em falsa compaixão
Já me disseram que não e sim

Pessoas...
Abandonem as armas de um chão ferido
Não faço encontros com o passado
Chega-me um abraço sem ruído

Complicado este poema
Tenho um código de maldição neste coração que arde
Já fiz um sortilégio de amor
Por pensar...NUNCA É DEMASIADO TARDE

4 comentários:

Tulipa Negra disse...

Gostei =)

Clau disse...

A imagem que ilustra o poema é doce e linda!
É bom pensar que nunca é demasiado tarde,
isso acalenta a alma...
Bjs!

Patrícia Pinna disse...

Boa noite, Profeta.
Muito bonito, intenso e profundo o teu poema, é como se fizesse várias leituras de um texto plural.
Na realidade, as pessoas são tão complicadas,nossas emoções também, fato.
Não sei se para o amor,dependendo da situação não seja tarde demais, vez em quando é, e vimos passar por nós, numa velocidade lenta seus quereres, que se desprendem de nós sem ao menos notarmos.
Tomara que um dia encontremos o amor em sua totalidade.
Tenha um fim de semana de paz.
Beijos na alma.

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Complicado este poema
Tenho um código de maldição neste coração que arde
Já fiz um sortilégio de amor
Por pensar...NUNCA É DEMASIADO TARDE

BRAVO!!! Belos versos da alma poeta!
Abraços,
Efigenia Coutinho