
Vou descalço na paixão do que sou
Trago sementes de sonhos nos olhos cansados
E aqui estou apenas porque te amo
Oiço-te pelas enseadas
Pelas pedras do mar
Pelas colinas guardadoras dos lagos
Por te adorar...
Da cintilação da espuma faço bruma
Procuro na distancia infinita a morada da tua voz
Para te encontrar...
Escutarei teus passos no canto da madrugada
Na partida das andorinhas do mar
Para te ver, te ter...
Nasceste na ilha, nos voos do olhar
Tens um vestido de vento
Cabelos nas ondas do tempo
O sorriso preso num feliz momento
A vertigem do meu doce pensamento
Apenas porque de ti nunca se aparta a primavera
Apenas porque até ao teu chegar marco o compasso do respirar
Se pudesse subir ao celeste para te ver
“Se as minhas asas pudessem voar...”